terça-feira, 17 de abril de 2012

Arteterapia e Ecologia: um casamento feliz!!!


Carl G.Jung, Leonardo Boff: ações e intenções que se somam, inspirações que se multiplicam





" A Carta da Terra"

É uma declaração universal voltada para a proteção ambiental e para o desenvolvimento sustentável que propõe a adoção de alguns princípios fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, ética e pacífica no século XXI.
Sua elaboração foi uma das metas da conferência Rio 92. Na ocasião, foi redigido um documento prévio à carta, conhecido como Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Posteriormente, o texto da carta foi desenvolvido por iniciativa de um conselho internacional independente com participação da sociedade civil. Sua versão final foi divulgada em 2000.
Atualmente a Carta da Terra já foi traduzida para 40 línguas e representa os interesses de milhares de pessoas. A Carta da Terra reconhece os objetivos de proteção ecológica, erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico equitativo, respeito aos direitos humanos, democracia e paz como interdependentes e indivisíveis.
O ecoteólogo Leonardo Boff foi um dos principais redatores do documento e representante do Brasil na Comissão.

Linha do tempo da iniciativa da Carta da Terra
1987
A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas (conhecida como "Comissão B undtland") recomenda a criação de uma declaração universal sobre proteção ambiental e desenvolvimento sustentável na forma de uma “nova carta” que estabelecerá os principais fundamentos do desenvolvimento sustentável.
1992
A Cúpula da Terra no Rio de Janeiro indica como meta, entre outras, criar uma Carta da Terra aceita internacionalmente. Entretanto os Governos não chegam a um acordo e adotam a Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em lugar da Carta.
Sob a liderança de Maurice Strong, (Secretário-Geral da Cúpula do Rio), é criado o Conselho da Terra para promover a implantação dos acordos gerados na Cúpula da Terra e para defender a formação de conselhos nacionais de desenvolvimento sustentável.
1994
Maurice Strong (presidente do Conselho da Terra) e Mikhail Gorbachev (presidente da Cruz Verde Internacional) lançam uma iniciativa da sociedade civil para redigir uma Carta da Terra. O Governo da Holanda fornece o suporte financeiro inicial.
1995
O Conselho da Terra e a Cruz Verde Internacional iniciam consultas internacionais para desenvolver uma Carta da Terra dos povos. Especialistas internacionais e representantes governamentais reúnem-se no workshop da Carta da Terra em Haia. O Conselho da Terra é indicado como a Secretaria Internacional da Iniciativa da Carta da Terra.
1996
O Conselho da Terra inicia um processo de consulta da Carta da Terra em preparação para o Fórum Rio+5. É feita uma pesquisa dos princípios das leis internacionais relevantes para a Carta da Terra e seu resumo é divulgado. No final do ano o Conselho da Terra e a Cruz Verde Internacional formam uma Comissão independente da Carta da Terra para supervisionar o processo de redação, e criam um comitê específico.
1997
A Comissão da Carta da Terra convoca sua primeira reunião durante o Fórum Rio+5 no Rio de Janeiro. Ao final do Fórum, um texto de referência é liberado, como um “documento em processo”. A continuidade das consultas internacionais é encorajada e organizada.
1998
Vários grupos se juntam à Iniciativa da Carta da Terra e formam Comitês nacionais da Carta da Terra em 35 países. Estes grupos, assim como vários outros, empreendem consultas sobre o texto referência e passam a usá-lo como uma ferramenta educacional.
1999
Um segundo texto de referência é liberado em abril e continua a consulta internacional. O número de Comitês nacionais cresce para 45.
2000
Em março, a Comissão da Carta da Terra se reúne em Paris, França, para acordo sobre a versão final do documento. O lançamento público oficial da Carta da Terra acontece em junho, no Palácio da Paz em Haia. É formado um Comitê Diretivo da Carta da Terra para supervisionar a próxima fase da Iniciativa. As principais metas são promover a disseminação, subscrição e implementação da Carta da Terra pela sociedade civil, empresas e governos e suportar o uso educacional da Carta da Terra em escolas, universidades e outras estruturas de ensino.
2001
A Iniciativa da Carta da Terra esforça-se para assegurar o endosso da Carta da Terra pela Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em Johannesburg. Durante a Cúpula, vários lideres de governos e ONGs declaram apoio à Carta da Terra , mas o reconhecimento formal pelas Nações Unidas não se viabiliza.
2005
A esta altura a Carta da Terra já foi traduzida em 32 línguas, amplamente disseminada pelo mundo, e subscrita por mais de 2.400 organizações, incluindo UNESCO, IUCN (A União Internacional para a Conservação da Natureza) e ICLEI (Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais). Ocorre uma revisão estratégica das atividades internas e externas da Iniciativa da Carta da Terra, no período 2.000 a 2.005. O grande encontro Carta da Terra +5 acontece em novembro em Amsterdã. Neste evento, a revisão estratégica dos 5 anos é concluída, as realizações são celebradas e são feitos planos para a próxima fase da Iniciativa.
2006
É constituído um novo Conselho Internacional da Carta da Terra, com 23 membros para substituir o Comitê Diretivo e supervisionar os programas centrais e a Secretaria. O Conselho juntamente com a Secretaria são reorganizados como Carta da Terra Internacional.
2008
Atualmente, a Carta da Terra já foi traduzida para 40 línguas e subscrita por 4.600 organizações, e representa os interesses de centena de milhares de pessoas. O Conselho da Carta da Terra Internacional adota um novo plano estratégico de longo prazo que enfatiza a expansão descentralizada da Iniciativa. São criados seis novos grupos de trabalho pra promover a expansão descentralizada em áreas como negócios, educação, mídia, religião, Nações Unidas e Juventude.
 

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